sexta-feira, 8 de maio de 2009

Campos de concentração


Auschwitz foi o maior campo de concentração e extermínio organizado pela maquinaria nazista. Por lá passaram milhões de pessoas que foram submetidas a trabalhos forçados, fome, fuzilamentos, fornos crematórios e câmaras de gás. Neste ano comemoram-se os 60 anos da libertação do campo que ficou conhecido como “a fábrica da morte”.

O início dos campos de concentraçãoDurante a década de 1930, os anos em que os teóricos do nazismo prepararam a ascensão de Adolf Hitler, foi se perfilando uma idéia que rapidamente teria ampla aceitação das massas mais fanáticas do povo alemão: a idéia de que os judeus pertenciam a uma raça inferior que devia ser extirpada da face da terra. Com Hitler no poder, a partir 1935 os judeus se viram, pouco a pouco, despojados de seus direitos como cidadãos, tanto na escola como no trabalho e nas ruas. As detenções se generalizaram a partir das leis racistas de Nuremberg daquele ano e alcançaram seu ápice durante a noite de 9 a 10 de novembro de 1938, a chamada “noite de cristal”. Nesta ocasião, Walter Buch, juiz supremo do Partido Nazista afirmou: “Assim como o cupim pode entrar na madeira até que esta fique podre, os judeus podem introduzir-se escondidos no povo alemão e trazer um grande desastre para a nação alemã”. Daí em diante, o governo nazista iniciou um programa extenso em toda Alemanha de perseguição aos judeus, deportando-os do país ou trancafiando-os em guetos.

Mais tarde Adolf Hitler e seus colaboradores pensaram numa solução mais radical e definitiva para o “problema judeu”: colocar em prática a “solução final”, ou seja, exterminar os judeus em campos de concentração. Começavam assim o trabalho forçado e a matança sistemática de judeus, incluindo milhares de crianças, principalmente nos países do Leste europeu. Entre 1933 e 1939, quase trezentos mil antifascistas alemães foram condenados a seiscentos mil anos de prisão. No total, um milhão de alemães foram enviados aos campos de concentração por pertencer à raça judia ou por suas convicções políticas, ideológicas e filosóficas. Mais de trinta e dois mil alemães adversários do regime de Adolf Hitler foram condenados à morte e executados. Um regime que contou com o suporte econômico da grande indústria e que soube reunir, sob a filosofia da barbárie e da supremacia ariana, a parte mais fanática, irracional e descontente do povo alemão. Suas conseqüências seriam trágicas, não somente entre a população dos países ocupados, mas também entre milhares de pessoas que foram levadas aos campos de concentração nazistas.

Entretanto, foram os nazistas alemães quem levaram ao limite o horror sistemático dos campos de concentração.

Antes dos conflitos e ao longo da Segunda Guerra Mundial, foram enviados aos campos milhares de judeus e grandes contingentes de população dos países ocupados. Durante a Guerra existiram 22 campos de concentração e dezenas de “campos de trabalho”. Em todos eles, os prisioneiros eram submetidos à brutalidade. Devido às torturas, jornadas de trabalhos forçados de onze horas diárias, alimentação insuficiente e doenças, a taxa de mortalidade entre os prisioneiros era altíssima. Calcula-se que 7,2 milhões de pessoas foram confinadas nos campos de concentração, das quais apenas 500 mil sobreviveram. Entre todos eles, Auschwitz se tornou o principal campo de concentração de judeus do planeta.




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