sexta-feira, 8 de maio de 2009

2ª Guerra Mundial


No mundo do contador de histórias, seja no cinema ou na literatura, a abordagem a um tema traumático do passado, já bastante trabalhado, requer sobretudo um toque de simplicidade, originalidade, e perspectiva. Afinal, o que pode trazer de novo uma abordagem a um tema que afecta o público, se não trouxer uma novidade que lhe permita reconstruir, nas suas mentes, factos que não viveram. Em O Rapaz do Pijama às Riscas encontramos essa manifestação, demonstrando uma preocupação pelo próprio objecto de estudo, assim como o esforço de alcançar os outros de um modo progressivo, onde a resistência vai perdendo força, e a emoção vai tomando conta do acompanhar de um enredo que nos liga a figuras tão estranhas como alguns oficiais nazis, ou respectiva família. Neste conto sobre perda de inocência, reconhecemos que O Rapaz do Pijama às Riscas é um relato diferente sobre o holocausto da II Guerra Mundial. Tendo como cerne a família e sociedade alemã, que em alguns casos não é sinónimo absoluto de nazi, assistindo ao decompor de camadas sociais, vividas por conflitos entre as personagens, que reconstroem a perda de ingenuidade de um povo que se viu diante de um terror maior do que esperado, numa altura onde já era tarde demais para ser tomada alguma acção. Bruno simboliza esse optimismo, quase fantasioso, de um país que se droga a si mesmo, consumindo qualquer humanidade que restara.


"Comovente e original abordagem do período da Segunda Guerra Mundial" - João Antunes, Jornal de Notícias


"Se a evolução da narrativa é em parte previsível pelo espectador, Mark Herman consegue manter o clima dramático" - Manuel Cintra Ferreira, Expresso

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