sexta-feira, 8 de maio de 2009

Apresentação


Neste blog pode encontrar todo o tipo de informações relacionadas com o filme e o livro " O Rapaz do Pijama às Riscas. Pode também encontrar informações acerca da 2º Guerra Mundial e sobre os campos de concentração.

Comentem!!

Resumo da História



O protagonista deste breve mas emotivo e intenso romance é Bruno, um rapazinho de nove anos, filho de um comandante nazi, homem de confiança do próprio Hitler. Bruno vive em Berlim, com os pais e a irmã Gretel, uns anos mais velha que ele, com quem não se dá muito bem. Embora comece a notar que algo estranho se desenrola à sua volta - a chegada de Hitler ao poder e os preparativos para a guerra - Bruno é tão pequeno que não percebe nada. O romance começa quando o pai é deslocado de Berlim para um lugar em princípio desconhecido. A pouco e pouco o leitor dá-se conta que o pai foi destinado ao campo de concentração de Acho-Vil (assim designado no romance). Nem Bruno nem a irmã sabem o que é um campo de concentração e, menos ainda, percebem a questão judaica. Assim, Bruno inicia uma viagem intensa e inocente no exterior das vedações do campo de concentração, observando os prisioneiros como se fossem famílias todas vestidas com um pijama às riscas. Um dia, desobedecendo às ordens do pai, consegue dar uma volta pelos arredores da casa. Assim, Bruno conhece Schmuel, um miúdo polaco judeu que se encontra do lado de lá da vedação. Schmuel é da mesma idade e entre os dois vai surgindo uma oculta e perigosa amizade. Mark Herman através do romance original de John Boyne tenta explicar de uma forma simples os motivos que levaram à criação dos campos de concentração nazi e à exploração de toda a propaganda nazi e como isso afecta os dois lados dos participantes dO Holocausto.


Asa Butterfield (Bruno)


O destaque de todo o filme recai sobretudo para o jovem Asa Butterfield que tem agora um papel importantíssimo na construção de toda a narrativa do filme. A sua personagem é frágil, infantil e curiosa, mas o desempenho do jovem actor é a espinal medula do filme e que garante a coesão de todas as cenas.
Data de nascimento: 1 de Abril de 1997
Local de nascimento: Islington, Londres

Filmografia:

O Rapaz do Pijama às Riscas
Son of Rambow
After Thomas

Vera Ann Farmiga



Outro ponto de interesse a nível interpretativo surge perante Vera Farmiga, que mais uma vez se comporta como uma actriz promissora no mundo do cinema, num excelente desempenho e captação do amor maternal.
Data de nascimento: 6 de Agosto de 1973
Local de nascimento: Passaic County, Nova Jérsia, EUA

Filmografia
O Rapaz do Pijama às Riscas The Boy in the Striped Pyjamas (2008)
Assalto e Intromissão Breaking and Entering (2006)
The Departed: Entre Inimigos The Departed (2006)
Medo de Morte Running Scared (2006)
Terra Mágica Neverwas (2005)
O Candidato da Verdade The Manchurian Candidate (2004)
15 Minutos 15 Minutes (2001)
Amar em Nova Iorque Autumn in New York (2000)

O filme

Ficha técnica

Título original: The Boy in the Striped Pyjamas (O Rapaz do pijama às riscas)
Género: Guerra, Drama
País: Reino Unido, EUA
Ano: 2007
Duração: 94m
Classificação: M12
Elenco: Asa Butterfield, Zac Mattoon O'Brien, Domonkos Németh, Henry Kingsmill, Vera Farmiga, David Thewlis, Jack Scanlon e Amber Beattie
Realização: Mark Herman
Argumento: Mark Herman e John Boyne
Distribuidora: ZON Lusomundo


O filme estreou a 12 de Setembro de 2008 a nível mundial e a 29 de Janeiro de 2009 a nível nacional.









Classificações

All Movie: 2/5
Film Critic: 3,5/5
Hollywood: 4/5
IMDb: 7,9/10 (2.523 votos)

O livro

Ficha técnica do livro


Editor: Edições Asa
Colecção: Romance Jovem
ISBN: 9789724153575
Ano de Edição/ Reimpressão: 2008
N.º de Páginas: 176


O Rapaz do Pijama às Riscas foi originalmente publicado no Reino Unido em 2006, simultaneamente em edições para jovens e para adultos. Encontra-se actualmente traduzido em 32 línguas.


Prémios do livro

Foi vencedor do:

  • Children's Book of the year;
  • Listener's Choice Book of the Year;
  • Bisto Children's Book Award.


Foi nomeado para mais de 15 prémios literários internacionais, entre os quais:

  • British Book Award, no Reino Unido;
  • Premio Paolo Ungary, em Itália;
  • Prix Farmiente, na Bélgica;
  • Border's Original Voices Award, nos Estados Unidos;
  • Carnegie Medal de 2007.

2ª Guerra Mundial


No mundo do contador de histórias, seja no cinema ou na literatura, a abordagem a um tema traumático do passado, já bastante trabalhado, requer sobretudo um toque de simplicidade, originalidade, e perspectiva. Afinal, o que pode trazer de novo uma abordagem a um tema que afecta o público, se não trouxer uma novidade que lhe permita reconstruir, nas suas mentes, factos que não viveram. Em O Rapaz do Pijama às Riscas encontramos essa manifestação, demonstrando uma preocupação pelo próprio objecto de estudo, assim como o esforço de alcançar os outros de um modo progressivo, onde a resistência vai perdendo força, e a emoção vai tomando conta do acompanhar de um enredo que nos liga a figuras tão estranhas como alguns oficiais nazis, ou respectiva família. Neste conto sobre perda de inocência, reconhecemos que O Rapaz do Pijama às Riscas é um relato diferente sobre o holocausto da II Guerra Mundial. Tendo como cerne a família e sociedade alemã, que em alguns casos não é sinónimo absoluto de nazi, assistindo ao decompor de camadas sociais, vividas por conflitos entre as personagens, que reconstroem a perda de ingenuidade de um povo que se viu diante de um terror maior do que esperado, numa altura onde já era tarde demais para ser tomada alguma acção. Bruno simboliza esse optimismo, quase fantasioso, de um país que se droga a si mesmo, consumindo qualquer humanidade que restara.


"Comovente e original abordagem do período da Segunda Guerra Mundial" - João Antunes, Jornal de Notícias


"Se a evolução da narrativa é em parte previsível pelo espectador, Mark Herman consegue manter o clima dramático" - Manuel Cintra Ferreira, Expresso

Campos de concentração


Auschwitz foi o maior campo de concentração e extermínio organizado pela maquinaria nazista. Por lá passaram milhões de pessoas que foram submetidas a trabalhos forçados, fome, fuzilamentos, fornos crematórios e câmaras de gás. Neste ano comemoram-se os 60 anos da libertação do campo que ficou conhecido como “a fábrica da morte”.

O início dos campos de concentraçãoDurante a década de 1930, os anos em que os teóricos do nazismo prepararam a ascensão de Adolf Hitler, foi se perfilando uma idéia que rapidamente teria ampla aceitação das massas mais fanáticas do povo alemão: a idéia de que os judeus pertenciam a uma raça inferior que devia ser extirpada da face da terra. Com Hitler no poder, a partir 1935 os judeus se viram, pouco a pouco, despojados de seus direitos como cidadãos, tanto na escola como no trabalho e nas ruas. As detenções se generalizaram a partir das leis racistas de Nuremberg daquele ano e alcançaram seu ápice durante a noite de 9 a 10 de novembro de 1938, a chamada “noite de cristal”. Nesta ocasião, Walter Buch, juiz supremo do Partido Nazista afirmou: “Assim como o cupim pode entrar na madeira até que esta fique podre, os judeus podem introduzir-se escondidos no povo alemão e trazer um grande desastre para a nação alemã”. Daí em diante, o governo nazista iniciou um programa extenso em toda Alemanha de perseguição aos judeus, deportando-os do país ou trancafiando-os em guetos.

Mais tarde Adolf Hitler e seus colaboradores pensaram numa solução mais radical e definitiva para o “problema judeu”: colocar em prática a “solução final”, ou seja, exterminar os judeus em campos de concentração. Começavam assim o trabalho forçado e a matança sistemática de judeus, incluindo milhares de crianças, principalmente nos países do Leste europeu. Entre 1933 e 1939, quase trezentos mil antifascistas alemães foram condenados a seiscentos mil anos de prisão. No total, um milhão de alemães foram enviados aos campos de concentração por pertencer à raça judia ou por suas convicções políticas, ideológicas e filosóficas. Mais de trinta e dois mil alemães adversários do regime de Adolf Hitler foram condenados à morte e executados. Um regime que contou com o suporte econômico da grande indústria e que soube reunir, sob a filosofia da barbárie e da supremacia ariana, a parte mais fanática, irracional e descontente do povo alemão. Suas conseqüências seriam trágicas, não somente entre a população dos países ocupados, mas também entre milhares de pessoas que foram levadas aos campos de concentração nazistas.

Entretanto, foram os nazistas alemães quem levaram ao limite o horror sistemático dos campos de concentração.

Antes dos conflitos e ao longo da Segunda Guerra Mundial, foram enviados aos campos milhares de judeus e grandes contingentes de população dos países ocupados. Durante a Guerra existiram 22 campos de concentração e dezenas de “campos de trabalho”. Em todos eles, os prisioneiros eram submetidos à brutalidade. Devido às torturas, jornadas de trabalhos forçados de onze horas diárias, alimentação insuficiente e doenças, a taxa de mortalidade entre os prisioneiros era altíssima. Calcula-se que 7,2 milhões de pessoas foram confinadas nos campos de concentração, das quais apenas 500 mil sobreviveram. Entre todos eles, Auschwitz se tornou o principal campo de concentração de judeus do planeta.




Comentários "O Rapaz do Pijama às Riscas"

  • De início não estava nem um pouco motivada a ler este livro, não sei muito bem porquê, talvez o título deste me tivesse feito pensar que seria mais um daqueles livros infantis algo chatos, que já não gosto de ler. O facto é que o livro apareceu como que por magia em cima da mesa e decidi agarrar nele. Comecei a ler e todas as ideias que tinha formado em relação àquela obra desapareceram...É um livro que se lê com uma rapidez e um entusiasmo incrível! Depois de ler o "Diário de Anne Frank", acho que não podia ter escolhido melhor.Todo este tema do Holocausto judeu, dos campos de concentração, das torturas e de tudo o que isto envolve choca-me profundamente. É horrível pensar que neste mundo puderam haver mentes tão sujas e horrendas ao ponto de armar todo este esquema simplesmente por uma questão de raça...!Aconselho vivamente este livro a qualquer um, independente da idade, uma vez que transporta nele uma enorme energia de criança e aborda este tema da forma mais suave possível.

  • Livro excelente, assim que o recebi percebi logo que aquele livro me iria entusiasmar, comecei a lê-lo logo no dia seguinte e não demorei dois dias a acabar. É impressionante como a ingenuidade de uma criança relata tão bem todo aquele horror que se passava e do qual ele não sabia.Aconselho este livro a todas as pessoas. Excelente!!

  • UM VERDADEIRO SOCO NO ESTÔMAGO! Esta foi, de facto, a sensação que este livro brilhante me provocou. Divulguei-o tanto, a tanta gente, não só pela magnificência da narrativa em si, mas também como um exemplo para trabalhar inferências ao nível da competência leitora.